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QUEM FOI ESAÚ?

 


ESAÚ

Era o que hoje chamaríamos de uma pessoa “acomodada”. Adorava a liberdade da vida ao ar livre (Gn 25.27) e não levava nada a sério. Suas atitudes rudes e a maneira como fugia das dificuldades da vida foram a causa de sua trágica queda. Era o filho primogênito dos gêmeos de Isaque e Rebeca (Gn 25.25) e tornou-se o favorito do pai (w. 27,28). A disputa entre os dois ficou mais inflamada quando o patriarca percebeu que estava às portas da morte (Gn 27.1) e, portanto, era a hora de passar a bênção da família para seu filho primogênito; entretanto, Rebeca e Jacó o enganaram, ao aproveitar o fato de que não podia mais enxergar, de maneira que o mais novo recebeu a bênção no lugar do primeiro (vv. 5-19). Esaú teve uma explosão de genuína tristeza e fúria (Gn 27.34,41), mas sua natureza de pessoa “acomodada” não permitiu que sustentasse muito tempo a animosidade. Assim, quando Jacó retornou temeroso de Padã-Arã, o irmão o recebeu como se nada tivesse acontecido (Gn 32.3-7; 33.1-4).

Infelizmente, seus descendentes edomitas mostraram ser muito mais intratáveis, e a pequena pedra que os dois irmãos atiraram no lago da história fez círculos cada vez maiores (Sl 137.7; Am 1.11; Ob 9 a 14). Esaú, entretanto, nada levava a sério. Quando seus pais reprovaram as esposas que escolhera (Gn 26.34), saiu e casou-se com outra mulher, filha de Ismael (Gn 28.6-9). Para ele, os problemas da vida podiam ser resolvidos facilmente! De fato, só foi capaz de ficar zangado com a fraude de Jacó porque não levou a sério a transação que fizeram anteriormente, na qual vendeu seu direito de primogenitura. Ao voltar de uma caçada, cansado e faminto, Esaú encontrou o irmão ocupado na cozinha. O aroma era tentador demais e, numa atitude típica dele, viu tudo de uma maneira exagerada: qual seria a utilidade do direito de primogenitura se morresse de fome? Essa decisão frívola, entretanto, teve conse-qüências irreversíveis. O que Esaú considerava como “ter um ponto de vista complacente”, a Bíblia chama de “devasso” e “profano” (Hb 12.16) — a atitude de viver como se não existisse vida eterna nem valores absolutos. Para ele, não houve oportunidade para arrependimento (Hb 12.17).    

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