EBIONITAS
Os
ebionitas “pobres” ou “indigentes” surgiram no começo do século II. Eram
judeu-cristãos que não abriram mão das cerimônias mosaicas. Segundo Justino e
Orígenes, havia dois tipos de ebionitas, os mansos e os rígidos. Os primeiros,
chamados de nazarenos, não denunciavam os crentes gentios que rejeitavam a
circuncisão e os sábados judaicos. Não se opunham aos cristãos que negavam o
judaísmo.
Já
os ebionitas rígidos (sucessores dos judaizantes dos tempos de Paulo) afirmavam
que Jesus havia promulgado a lei de uma forma rígida; ensinavam que ele, ao ser
batizado no Jordão, foi agraciado com poderes sobrenaturais. Entretanto, ambos
os grupos negavam a realidade da natureza divina de Cristo, considerando-o como
mero homem sobrenaturalmente encarnado.
Para
os ebionitas, de modo geral, a crença na deidade de Cristo lhes parecia incompatível
com o monoteísmo. Mas, por outro lado, mansos e rígidos discordavam quanto as
Epístolas de Paulo, já que, nelas, esse apóstolo reconhecia os gentios
convertidos como cristãos e, portanto, integrantes do corpo de Cristo.
Teologia
Sistemática
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