GEAZI
(Heb. “vale da visão”). Servo de Eliseu, é mencionado em três incidentes narrados em 2 Reis 4 a 8. O primeiro é relacionado com a visita do profeta Eliseu à cidade de Suném, onde conheceu uma mulher rica, que insistiu em hospedá-los e alimentá-los. O profeta quis compensá-la pela generosidade e hospitalidade demonstradas; por intermédio de Geazi, descobriu que aquela senhora não tinha filho. Eliseu então prometeu que ela te-ria um bebê, o que realmente aconteceu no ano seguinte. Algum tempo depois o menino ficou doente e morreu; a mãe, cheia de desgosto, procurou o profeta e lançou-se aos seus pés (2 Rs 4.18-37). Geazi tentou afastá-la, mas Eliseu demonstrou amor e compaixão por ela. Enviou seu servo (Geazi) à casa dela com a instrução de colocar o cajado no rosto do menino. A criança não se recuperou e por isso Eliseu foi até lá pessoalmente, onde Deus operou o milagre e o menino ressuscitou. Apesar do seu desejo excessivo de proteger seu senhor, Geazi era um servo obediente e bem disposto.
O segundo incidente envolveu a cura de Naamã, o comandante do exército sírio. Este general ofereceu uma recompensa a Eliseu. O profeta recusou o presente; entretanto, depois que Naamã partiu, Geazi correu atrás dele, com a intenção de tirar algum proveito da situação, pois não compreendeu a atitude de seu senhor Eliseu. Geazi mentiu para Naamã, pois disse-llhe que o homem de Deus precisava de algum dinheiro para ajudar dois jovens profetas; mais tarde, mentiu novamente, quando Eliseu lhe perguntou onde tinha ido. O profeta disse a Geazi que seu espírito estivera com ele, quando Naamã lhe deu a sacola com prata e as duas peças de roupas. O castigo de Geazi foi que a lepra, a qual saíra de Naamã, recaiu sobre ele (2 Rs 5.27).
A ambição de Geazi foi castigada imediatamente, por causa do impacto negativo que causaria ao ministério de Eliseu e ao nome do Senhor entre os estrangeiros. Naamã e seu povo saberiam rapidamente da história; o profeta seria acusado de cobiça e eles chegariam à conclusão de que o favor do Senhor às vezes é comprado.
A terceira menção do nome de Geazi encontra-se em 2 Reis 8.1-6. Eliseu dissera à mulher sunamita que deixasse o país, pois haveria sete anos de fome na região. Ela foi com a família para a terra dos filisteus. Quando voltaram, a rica mulher procurou Jeorão, para recuperar suas propriedades. Na chegada, descobriu que Geazi contava ao rei sobre as proezas de Eliseu e ouviu justamente o episódio da ressurreição do filho dela. O servo do profeta relatara o acontecimento fielmente e mostrou ao rei o menino que fora restaurado à vida; Jeorão deu ordens para que a mulher recebesse de volta todos os seus bens. Ao que parece, Geazi aprendera a lição, pois continuou a servir a Eliseu.
A soberania de Deus nos eventos da vida de Eliseu e na das pessoas com quem convivera é vista repetidamente. Geazi provavelmente percebeu isso, não somente na maneira como ele descobriu seu pecado, mas também no modo como o Senhor cuidou da sunamita, mesmo quando Eliseu estava ausente.
Fonte: Quem é quem na bíblia
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