DOEGUE
(Heb. “ ansioso, temeroso”). Edomita, um dos pastores do rei Saul. Estava presente em Nobe quando Davi chegou com seus homens, procurando comida. Aimeleque deu ao filho de Jessé os pães sagrados, diante de Doegue, que, mais tarde, encontrou-se com Saul, o qual perseguia Davi, determinado a matá-lo. O edomita disse-lhe que vira o filho de Jessé em Nobe (1Sm 22.9).
O rei reuniu todos os sacerdotes de Nobe, liderados por Aimeleque, e ordenou que fossem mortos, por terem colaborado com Davi. Os guardas recusaram-se a levantar a espada contra os ungidos do Senhor; Saul então ordenou que Doegue os matasse. Naquele dia, esse edomita matou 85 sacerdotes e massacrou os habitantes de Nobe (1Sm 22.18,19). Quando Davi soube o que acontecera, ficou desolado, culpando-se pela morte de todos os sacerdotes (w. 20-23). Esse massacre é lembrado na dedicação do Salmo 52.
O incidente mostra como Saul estava afastado da adoração ao Senhor. Foi incapaz de ouvir o conselho do sumo sacerdote e chegou ao ponto de matar os representantes de Deus. O contraste é vivido entre esse perverso rei e o jovem Davi, que aguardava pacientemente o momento em que o Senhor o levaria ao trono.
Quando Davi fugiu da ira insana de Saul, recebeu ajuda de Aimeleque, o sumo sacerdote de Nobe, e Doegue estava presente “detido perante o Senhor” (1 Sm 21.7), talvez devido a algum voto que havia feito. Depois ele relatou o incidente a Saul (1 Sm 22.9,10), que ordenou a execução de todos os sacerdotes. Quando os guardas de Saul se recusaram a obedecer à ordem perversa, a missão foi transferida para Doegue, que a cumpriu com diligência (v. 18), matando 85 sacerdotes, (a LXX aumenta este número para 305, enquanto Josefo menciona 385.) Embora tivesse sido ordenado por Saul, este foi um crime revoltante e revelou a natureza sanguinária de Doegue.
Evidentemente, Davi, devido a alguma experiência anterior com este edomita, não ficou surpreso quando recebeu a triste narrativa de Abiatar, filho de Aimeleque, que escapou (1 Sm 22.22).
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