BEN-HADADE
No hebraico, filho de Hadade. Foi apelativo de três reis da Siria, em Damasco. O nome «Hadade» está relacionado ao deus sírio Adade, idêntico ao deus chamado Rimom, na Assiria.
1. Ben-Hadade I. Rei da Síria. Fez pacto com Asa, rei de Judá, para invadir Israel, o reino do norte. Isso compeliria Baasa, rei de Israel, que invadiria Judá, a retornar à sua capital, para defender o seu reino da invasão síria (I Reis 15:18-20; II Crô. 16:2-4), em cerca de 907 A.C. Ver o artigo sobre Asa. Asa obteve bom êxito no plano, mas foi repreendido pelo profeta (II Crô. 16:7-10), de nome Hanani, por haver entrado em aliança com um monarca pagão.
Ben-Hadade fez significativas incursões no território do reino do norte, Israel. Asa foi responsável pelo fortalecimento de Ben-Hadade,
0 qual foi responsável, pelo menos em parte, por muitos pontos débeis do reino do norte. Contudo, do ponto de vista moral, Deus tinha tudo sob seu controle, e o episódio contribuiu para o desdobramento do plano de Deus relativo às nações.
2. Ben-Hadade II. presumivelmente filho do anterior e rei da Síria. Tempos atrás, os eruditos distinguiam quase unanimemente entre Ben-Hadade I, filho de Tabrimom, filho de Heziom, contemporâneo de Asa e Baasa (I Reis 15:18) e Ben-Hadade II, contemporâneo de Elias e Eliseu. Somente alguns julgavam que se tratasse do mesmo indivíduo. Porém, as evidências fornecidas pela esteia de Bem-Hadade
1 sugerem poderosamente a identidade dos dois (ver Bulletin of Am. Schools, ne 83, págs. 10-12). O reajuste da cronologia dos reis de Israel também sugere que uma única pessoa deve ter estado envolvida nos acontecimentos historiados. Apesar disso, muitos eruditos continuam distinguindo as duas personagens.
A história inicial de Ben-Hadade II está envolvida com a história de Acabe, rei de Israel. Esses dois monarcas viveram em contínua hostilidade mútua. Acabe terminou levando vantagem, podendo então ter imposto a sua vitória. Em lugar disso, estabeleceu um acordo de paz com bem- Hadade II, em cerca de 900 A.C. Esse tratado foi observado por cerca de doze anos. Mas então Ben-Hadade declarou guerra contra Jeorão, filho de Acabe, e invadiu Israel. Todavia, os planos do rei sírio foram frustrados por Eliseu, o profeta (II Reis 6:8), em cerca de 893 A.C. Alguns anos mais tarde, Ben-Hadade renovou as hostilidades e cercou Jeorão em sua capital, Samaria. Ben-Hadade reduziu Israel a quase nada; mas então, conforme Eliseu havia predito, o cerco foi inexplicavelmente levantado. No ano seguinte, Ben-Hadade enviou Hazael com presentes a Eliseu, a fim de consultá-lo sobre a enfermidade que o monarca sírio contraíra. Eliseu respondeu que a enfermidade não era mortal, mas que, não obstante, seu período da vida era curto. Poucos dias mais tarde, Hazael sufocou o rei sírio em seu leito, com um cobertor molhado em água, e apossou-se do trono sírio. Medidas políticas! (ver II Reis 8:7-15).
3. Ben-Hadade III. (II se é que os dois primeiros Ben-Hadades foram o mesmo indivíduo). Era filho de Hazael, mencionado no segundo ponte que assassinara Bem-Hadade I (ou II). Foi derrotado por três vezes por Jeoás, rei de Israel, que recuperou todos os territórios que haviam sido perdidos para os sírios na Transjordânia (II Reis 13:3,34,35). As Escrituras declaram que essa contínua hostilidade era punição divina contra Israel, porque o rei e o povo seguiam os caminhos iníquios de rei anteriores (II Reis 13:2,3). Todavia, Deus mostrou-se misericordioso, provendo vitória, a fim de que Israel pudesse escapar dos ataques de Ben-Hadade (II Reis 13:5). A providência divina incluiu as derrotas dos sírios Dor Adade-Nirari III, rei assírio que se lançou contra Damasco. Em Amós 1:4 e Jer. 49.27, também é declarado que a derrota de Ben-Hadade se devia a falhas morais e lapsos espirituais de sua parte.
Fonte:Russell Norman Champlin
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