I. CONTEXTO DA VIDA DE SARA
1. A terra natal de Sara (Gn 11.28,31; 15.7). Sara era natural de Ur dos Caldeus, cidade localizada às margens do Eufrates, ao sul da imponente Babilônia. Era a mais importante da Suméria, e possuía um porto por meio do qual se realizava o intercâmbio comercial com outros povos. Seus habitantes estavam entre os mais cultos da Mesopotâmia. Deixar um lugar como este não era nada fácil para uma mulher.
2. Um chamado à peregrinação. Para corresponder ao chamado divino de Abraão, Sara privou-se de uma cidade cosmopolita, bastante desenvolvida, e com infra-estrutura ideal para o estabelecimento de uma excelente residência. Além de abrir mão de parentes e amigos, peregrinou em terras desconhecidas andando por desertos e dormindo em tendas. Seu exemplo é tão patente que o apóstolo Pedro, séculos depois, a enalteceu pela obediência ao marido (1 Pe 3.6).
II. O CARÁTER DE SARA
1. Uma mulher submissa. Sara é um exemplo histórico de submissão e amor sacrificial ao marido. O apóstolo Pedro, inclusive, recomendou às mulheres cristãs que imitassem sua fé e obediência (1 Pe 3.6).
Vejamos dois episódios da vida de Sara que descrevem sua obediência a Abraão.
a) No Egito (Gn 12.11-13). Segundo a Bíblia, Abraão, em suas peregrinações, temia por sua vida, pois Sara era uma mulher muito formosa. Foi por isso que ele a orientou para confirmar que ambos eram irmãos e não cônjuges. É provável que tenha se sentido bastante perturbada com a posição do marido em relação a ela. Todavia, prontamente atendeu ao pedido de Abraão sem manifestar qualquer contrariedade quando fora apresentada como sua irmã. Abraão foi repreensível, mas Sara não o desonrou diante dos egípcios.
b) Em Gerar, terra de Canaã (Gn 20.1-7). Pela segunda vez, Abraão afirmou que Sara era sua irmã e não esposa. Isso fez com que Abimeleque, rei de Gerar, tomasse Sara por sua mulher. Mesmo assim, a “mãe de nações” não se manifestou, mas fora submissa à decisão tomada pelo marido. Ela mesma prontificou-se a confirmar a história contada pelo esposo (Gn 20.5). O grande patriarca mais uma vez expôs sua esposa ao perigo, para poupar a própria vida. Isto já seria motivo mais que suficiente para que Sara se opusesse à decisão do patriarca. Porém, não o fez. Foi assim que o próprio Deus entrou em cena para livrá-la (Gn 20.3). Sua obediência foi recompensada.
2. Uma mulher impaciente. Não obstante, Deus ter prometido um filho a Abraão (Gn 15.4), Sara era estéril (Gn 16.1; Hb 11.11). Tendo aguardado a promessa por tanto tempo, fora vencida pela impaciência. Ela mesma, através de Agar, sua serva, proveu um filho para Abraão. Isso nos mostra o quanto o ser humano é fraco e propenso ao erro. Felizmente, Sara não é lembrada por esse deslize. Certamente se arrependeu e Deus a perdoou. Lembramo-nos de Sara, pela mulher que amava e obedecia a seu marido. Esse é o tipo de submissão que toda mulher cristã precisa praticar.
3. Uma mulher de fé. Depois de rir da promessa do Senhor (Gn 18.12), Sara mudou completamente de atitude. Sua fé a possibilitou receber o filho que tanto esperara. Ela creu que o Senhor era fiel para cumprir a promessa feita a Abraão (Gn 18.10,14; 12.1-3,7; 17.15,16; 18.9-16; Gl 4.21-31) tornando-se um exemplo de fé para todo cristão (Hb 11.11).
Fonte: Extraído da lição 10 do terceiro trimestre 2007 cpad
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