1. O que significa? A palavra “eutanásia” vem de dois termos gregos: eu, com significado de “boa” e thánatos,
que significa “morte”. Do que resulta o termo eutanásia, sugerindo a
ideia de “boa morte”. Tal conceito é aplicado aos casos em que o médico,
usando meios a seu dispor, leva o paciente à “morte misericordiosa”,
pondo fim ao seu sofrimento.
2. A eutanásia ativa. É aquela em que o
médico, a pedido do paciente, ou de familiares, através da aplicação de
algum tipo de agente (substância, medicamento, etc.) leva o doente à
morte, evitando o seu sofrimento. Há quem defenda essa prática, sob o
argumento de que “não se deve manter artificialmente a vida subumana ou
pós-humana vegetativa”, e que se deve evitar o sofrimento dos pacientes
desenganados, com moléstias prolongadas tais como câncer, AIDS e outras.
3. O posicionamento bíblico.
a) “Não matarás”. A Bíblia diz: “Não
matarás...” (Êx 20.13). Daí, a ação do médico, tirando a vida do
paciente, equiparar-se a um assassinato, a um homicídio.
“Tradicionalmente, se reconhece que a eutanásia é um crime contra a
vontade de Deus, expressa no decálogo, e contra o direito de vida de
todos os seres humanos”. Lemos em 1 Sm 2.6: “O Senhor é o que tira a
vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela”. A vida
do homem não lhe pertence. Recebeu-a para administrar e deve fazê-lo
como bom administrador ou mordomo, a fim de, no futuro, prestar contas
ao seu legítimo dono, Deus.
b) Há a possibilidade do milagre. E se Deus
quiser realizar um milagre? A fé passa por cima de todas as
impossibilidades. “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se
esperam e a prova das coisas que não se veem. Porque, por ela, os
antigos alcançaram testemunho” (Hebreus 11.1,2). Certamente, o Juramento
de Hipócrates, proclamado pelos médicos, deve ser considerado,
prescrevendo que os mesmos não devem “dar remédio letal a quem quer que o
peça, tampouco... fazer alguma alusão a respeito”.
O argumento em favor da eutanásia, alegando que
deixar alguém sofrendo sem a mínima perspectiva de sobrevivência é menos
moral do que acelerar a morte para tal pessoa, é humano e não tem base
bíblica. “Matar por misericórdia”, mesmo com consentimento de quem está
sofrendo, não é moralmente correto, e tal pedido equivale ao suicídio.
Assim, quem pratica esse tipo de eutanásia é cúmplice de suicídio. A
vida é santa em si e em sua finalidade. Somente Deus pode e tem o
direito de dar a vida e de tornar a tirá-la. O nosso dever é aliviar o
sofrimento das pessoas por outros métodos e não tirando-lhes a vida.
Ao contrário, devemos envidar todo esforço na
tentativa de sua cura, seja por medicamentos, seja pela oração da fé
“...e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se
houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai as vossas
culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração
feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tiago 5.15,16).
Fonte: Extraido da lição 9 do terceiro trimestre 2002 CPAD
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