Lição 10 - Paulo e seu Amor pela Igreja
5 de Dezembro de 2021
TEXTO ÁUREO
“Porque o amor de Cristo nos constrange.”
(2 Co 5.14a)
VERDADE PRÁTICA
O amor cristão não é um sentimento egoísta, mas o sacrifício dos próprios desejos para o bem dos outros.
Segunda - 1 Co 4.15
O amor pela igreja como de pai para filho
Terça - Jo 3.16
O amor e sua relação com a fé
Quarta - Ef 1.5
A fé no Senhor e o amor ao próximo
Quinta - Rm 13.10
O amor é o cumprimento da Lei
Sexta - 1 Co 13.13
A fé, o amor e a esperança para a Igreja
Sábado - At 5.41; Tg 1.2; 1 Pe 4.13
A Igreja perseverando com alegria
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Tessalonicenses 1.1-10
1 - Paulo, e Silvano, e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em Deus, o Pai, e no Senhor Jesus Cristo; graça e paz tenhais de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
2 - Sempre damos graças a Deus por vós todos, fazendo menção de vós em nossas orações,
3 - Lembrando-nos, sem cessar, da obra da vossa fé, do trabalho do amor e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai,
4 - Sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus;
5 - Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós.
6 - E vós fostes feitos nossos imitadores e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo,
7 - De maneira que fostes exemplo para todos os fiéis na Macedônia e Acaia.
8 - Porque por vós soou a palavra do Senhor, não somente na Macedônia e Acaia, mas também em todos os lugares a vossa fé para com Deus se espalhou, de tal maneira que já dela não temos necessidade de falar coisa alguma;
9 - Porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir ao Deus vivo e verdadeiro.
10 - E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.
HINOS SUGERIDOS: 210, 251, 263 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Compreender o amor pela Igreja.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
Destacar o amor de Paulo pela Igreja;
Relacionar o amor com a fé na Igreja;
Elencar as três virtudes na igreja de Tessalônica: fé, amor e esperança.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
É encantador contemplar o amor de Paulo pela Igreja de Cristo. O apóstolo nos ensina que os obreiros devem zelar, cuidar e amar a Igreja. A vida e o ministério de Paulo são um antídoto contra a banalização da Igreja, o Corpo de Cristo. Nesse sentido, somos convidados a amar a Igreja e a demonstrar esse sentimento de maneira concreta. Por isso o apóstolo a defendeu, protegeu e buscou viver na integridade as virtudes do amor, da fé e da esperança nas diversas igrejas por onde passou. Amemos a Igreja de Cristo, amemos a igreja local.
INTRODUÇÃO
Pelo menos duas caraterísticas marcaram a igreja de Tessalônica: seu amor ao Senhor Jesus e o amor recíproco entre os irmãos. À luz do exemplo dessa igreja, e do sentimento do apóstolo Paulo por ela, o nosso propósito é mostrar que, como seguidores de Jesus e membros de uma igreja local, devemos amá-la e expressar esse amor na comunhão dos santos.
PONTO CENTRAL
Ame a Igreja de Cristo. Ame a sua igreja local.
I – O AMOR DE PAULO PELA IGREJA
1. O Amor como o de um pai para um filho. A Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses atesta o amor do apóstolo pelos membros dessa igreja (1.2,3). Esse sentimento não se deu apenas pela igreja de Tessalônica, mas por todas as que Paulo plantou no mundo gentílico. Trata-se de um amor como o de um pai para um filho. Veja o que o apóstolo diz a respeito dos coríntios: “Porque, ainda que vocês tivessem milhares de instrutores em Cristo, não teriam muitos pais, pois eu gerei vocês em Cristo Jesus, pelo evangelho” (1 Co 4.15 – NAA). Uma declaração que revela o amor de um “pai espiritual” pelos seus “filhos espirituais”.
2. O amor motivado pelo modo de viver o Evangelho. Um dos elogios de Paulo aos tessalonicenses foi a respeito do modo como eles receberam a Palavra e sua prática em coerência com o ensino recebido. Os cristãos de Tessalônica eram o objeto de amor do apóstolo, pois, neles, ele via o fruto do seu ministério. Os versículos 5-10 da nossa leitura bíblica em classe mostram a indizível alegria de Paulo ao constatar a expressão do amor de Deus na vida da igreja. Essa igreja era formada por pessoas que abandonaram a crença em ídolos e, pela fé, abraçaram o Evangelho. Logo, o Evangelho não é só discurso, mas implica práticas convictas. Essa disposição dos tessalonicenses tocava o coração do apóstolo (v.6).
3. O amor deve nortear a nossa vida na igreja local. Num tempo em que muitos vivem de criticar a igreja local, é hora de demonstrar amor pela igreja em que congregamos. Esse é o lugar que Deus nos plantou. O lugar onde servimos a Ele, compartilhamos a comunhão com outros irmãos e realizamos a sua obra. O amor de Paulo pela Igreja deve tocar o nosso coração e, assim, sermos encorajados a manifestá-lo na igreja local em que congregamos.
O apóstolo mostra que a expressão suprema desse amor é a crucificação de Jesus no Calvário, seu doloroso sacrifício.
SÍNTESE DO TÓPICO I
Ame a sua igreja local.
SUBSÍDIO PEDAGÓGICO
O amor pela Igreja de Cristo e, especificamente, pela igreja local, é o exemplo precioso do apóstolo para nós. A partir desse entendimento, comece a lição fazendo as seguintes perguntas aos alunos: O que é a Igreja? Como me relaciono com ela? Tenho uma relação positiva com a igreja? Essas perguntas nortearão o desenvolvimento da aula, de modo que você pode contribuir em sala com um ambiente que promova o amor pela igreja por intermédio da vida de seus alunos. Procure alguns fatos importantes ao longo da história da Igreja que destaque o amor e traga para a sala de aula.
II - AMOR E FÉ NA IGREJA
1. Amor, uma palavra proeminente nas cartas de Paulo. No ensino de Paulo, Deus manifestou o seu amor salvífico por meio de seu Filho, Jesus Cristo. O apóstolo mostra que a expressão suprema desse amor é a crucificação de Jesus no Calvário, seu doloroso sacrifício. Ele confirma isso ao escrever aos Romanos: “Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). Entretanto, é preciso que o ser humano responda a esse amor, cuja reciprocidade se dá nos seguintes termos: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). É preciso crer para responder a esse amor.
2. A fé e o amor no ensino de Paulo. O apóstolo nos diz que o amor é a fonte da justiça de Deus imputada ao pecador, concedida pela graça por meio da fé. Assim, fé e amor têm uma correlação inigualável. Aos efésios, Paulo escreveu: “Pelo que, ouvindo eu também a fé que entre vós há no Senhor Jesus e o vosso amor para com todos os santos” (Ef 1.15). Em 2 Tessalonicenses, ele arremata: “Sempre devemos, irmãos, dar graças a Deus por vós, como é de razão, porque a vossa fé cresce muitíssimo, e o amor de cada um de vós aumenta de uns para com os outros” (2 Ts 1.3). Portanto, segundo o ensino do apóstolo, há uma correlação necessária entre a fé em Cristo e o amor entre os irmãos. Logo, na fé cristã, o único débito que temos como crentes em Jesus é o amor recíproco para com os outros. Esse amor deve ser demonstrado na igreja local.
3. A dimensão prática do amor na igreja. No ministério de Paulo, o amor tem um caráter prático. E, de acordo com o ensino do nosso Senhor, principalmente conforme apresentado na Parábola do Bom Samaritano (Lc 10.25-37), o amor se manifesta na atitude concreta em relação ao outro. Num contexto em que nos acostumamos a denominar o amor como algo abstrato, é preciso mostrá-lo de maneira concreta no ambiente da igreja local: pastorear com fidelidade os crentes, suprir a necessidade de quem precisa, visitar os irmãos em suas enfermidades, orar uns pelos outros e tudo quanto se apresentar como oportunidade de amar (Rm 13.10).
SÍNTESE DO TÓPICO II
O amor e a fé aparecem nas cartas de Paulo como virtudes complementares.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“No capítulo 13 de 1 Coríntios, Paulo mostra que o amor é mais importante do que todos os dons espirituais exercitados na Igreja. Grande fé, atos de declaração ou sacrifício e poder de realizar milagres têm poucos efeitos se estiverem desprovidos de amor. O amor faz com que as nossas ações e dons sejam úteis. Embora as pessoas tenham diferentes dons, o amor está disponível a todos.
Nossa sociedade confunde o amor e a luxúria. Ao contrário da luxúria, o amor é dirigido exteriormente, às outras pessoas, e não interiormente, a nós mesmos. É totalmente desinteressado. Esse tipo de amor é contrário às nossas inclinações naturais. É impossível ter esse amor a menos que Deus nos ajude a colocar nossos próprios desejos naturais de lado, de forma que possamos amar e não esperar nada em troca. Desse modo, quanto mais nos tornamos semelhantes a Cristo, mais amor mostraremos para com os outros” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p.1602).
III – AS TRÊS VIRTUDES NA IGREJA DE TESSALÔNICA: FÉ, AMOR E ESPERANÇA
1. As três virtudes teologais (1 Ts 1.3). Veja o que o apóstolo diz em sua oração: “Lembrando-nos, sem cessar, da obra da vossa fé, do trabalho do amor e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai” (1 Ts 1.3 – Grifos nosso). Aos coríntios Paulo escreveu: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o amor” (1 Co 13.13). Assim, as três virtudes que formam uma tríade especial nos ensinos de Paulo são a fé, o amor e a esperança. Tais virtudes devem participar da vida da igreja local.
O exemplo da igreja de Tessalônica nos ensina que a esperança cristã traz alegria ao coração de quem está suportando grandes tribulações e adversidades por amor a Cristo.
2. A virtude da fé. A primeira virtude é a fé. Na Carta aos Tessalonicenses, a fé se refere ao efeito prático que o apóstolo denomina de “obra da fé”. Essa obra estava presente na igreja dos tessalonicenses e Paulo sentia-se grato a Deus por isso. Assim, somos encorajados a produzir frutos na igreja local como reflexo da nossa fé (Tg 2.18).
3. A virtude do amor. Em 1 Tessalonicenses 1.3, o apóstolo fala do “trabalho do amor”. Ora, o que podemos entender por isso? Havia um senso coletivo nos tessalonicenses de que os seguidores de Jesus deveriam trabalhar motivados pelo amor ao nosso Senhor. O “trabalho do amor” era algo muito concreto. Em Tessalônica não existia doutrina destituída de amor. Estamos diante de uma igreja doutrinária e cheia de amor prático.
4. A virtude da esperança. O apóstolo usa também a expressão “paciência da esperança”. A palavra “paciência” tem o sentido de resistência e perseverança. A ideia sugere uma “perseverança da esperança”. O que Paulo tinha em mente ao usar a expressão “paciência da esperança” era o sofrimento dos tessalonicenses com a perseguição que estavam suportando por amor a Cristo. E eles se comportavam assim com a alegria do Espírito Santo. O exemplo da igreja de Tessalônica nos ensina que a esperança cristã traz alegria ao coração de quem está suportando grandes tribulações e adversidades por amor a Cristo. Isso tocou o coração do apóstolo. E deve também tocar o nosso, encorajando-nos a perseverar alegremente na fé e no cuidado de Deus (At 5.41; Tg 1.2; 1 Pe 4.13).
SÍNTESE DO TÓPICO III
Três virtudes mencionadas por Paulo: fé, amor e esperança.
CONHEÇA MAIS
*Sobre o amor
“[1 Coríntios] 13.4-7 O Amor. Essa seção descreve o amor divino através de nós como atividade e comportamento, e não apenas como sentimento ou motivação interior. Os vários aspectos do amor, neste trecho, caracterizam Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Sendo assim, todo crente deve esforçar-se para crescer nesse tipo de amor.” Para ler mais, consulte a “Bíblia de Estudo Pentecostal”, editada pela CPAD, p.1759.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Paulo visitou Tessalônica durante sua segunda e terceira viagens missionárias. Esta cidade era um centro comercial e portuário, e estava localizada na Via Egnátia, que era uma movimentada estrada nacional. É provável que o apóstolo tenha escrito as duas cartas aos Tessalonicenses enquanto esteve em Corinto.
O evangelho ‘veio em poder’ aos Tessalonicenses e teve um efeito poderoso na vida dos crentes (1 Ts 1.5). Sempre que a Bíblia é ouvida e obedecida, vidas são transformadas. O cristianismo é mais do que uma coleção de fatos importantes; é o poder de Deus para todo aquele que crê. O que o poder de Deus tem feito em sua vida desde o momento em que você creu no Senhor pela primeira vez?” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, pp. 1685,86).
CONCLUSÃO
Esta lição nos ensina que devemos amar a igreja em que congregamos. Esse era o sentimento do apóstolo pela igreja de Tessalônica. Seu coração se alegrava pela fidelidade e lealdade dos tessalonicenses aos ensinos de Cristo. A igreja local é a forma visível da Igreja de Cristo, por isso devemos amá-la.
PARA REFLETIR
A respeito de “Paulo e seu Amor pela Igreja”, responda:
O que a Primeira Carta de Paulo aos tessalonicenses atesta?
A primeira carta de Paulo aos Tessalonicenses atesta o amor do apóstolo pelos membros dessa igreja (1.2,3).
Qual elogio Paulo fazia aos tessalonicenses?
Um dos elogios de Paulo aos tessalonicenses era a respeito do modo como eles receberam a Palavra e sua prática em coerência com o ensino recebido
O que o apóstolo mostra como expressão suprema do amor?
O apóstolo mostra que a expressão suprema desse amor é a crucificação de Jesus no Calvário, seu doloroso sacrifício.
O que há entre a fé e o amor no ensino de Paulo?
Uma correlação inigualável.
Quais as três virtudes que formam uma tríade especial nos ensinos de Paulo?
Fé, amor e esperança.
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