Edomita, “da estirpe real de Edom”, foi levantado pelo Senhor como adversário do rei Salomão (1Rs 11.14), que experimentou grande prosperidade e tinha extraordinária sabedoria enquanto manteve uma atitude de total confiança no Senhor, no início de seu reinado. Quando, porém, tornou-se muito influente no mundo, foi tentado a estabelecer laços com outras famílias reais, por meio de casamentos, sem dúvida por razões políticas. Cada esposa levou para Jerusalém seus próprios deuses. Assim, Salomão não só quebrou a lei de Deus, ao casar-se com mulheres estrangeiras, mas também permitiu a introdução de divindades estrangeiras na cidade santa (veja Js 23.12,13;Dt7.3). Os seus casamentos com mulheres estrangeiras causaram a ira de Deus. Gradualmente, suas esposas “lhe perverteram o coração para seguir a outros deuses” (1Rs 11.4-6). Claramente criou uma ruptura na aliança que fizera com o Senhor, após a construção do Templo (1Rs 9.6-9).
Na época do rei Davi, os edomitas foram destruídos pelo exército de Israel. Hadade, que na época era apenas um jovem, fugiu para o Egito, onde foi bem recebido e casou-se com a própria cunhada do Faraó, irmã de Tafnes, rainha do Egito. Seu filho, Genubate, foi criado na corte real egípcia. Quando Hadade soube que Davi estava morto, retornou para lutar contra Salomão, o que efetivamente fez, e sempre manteve uma guerrilha contra Israel. Como o escritor de 1 Reis estava interessado somente em mostrar como Salomão estava sendo punido por Deus, nada mais se sabe sobre Hadade; provavelmente se estabeleceu em Edom e continuou a lutar contra Salomão até o final de seu reinado (1Rs 11.14-25).
Príncipe edomita que Deus levantou para ser um adversário de Salomão (1 Rs 11.14- 25). Quando criança, ele refugiou-se no Egito para escapar da matança de Joabe, durante o reinado de Davi. Foi protegido pelo Faraó, que lhe concedeu como esposa a irmã da rainha, e também a educação de seu filho. Depois da morte de Davi, obteve a permissão do Faraó e retomou para liderar os edomitas em sua luta contra o domínio de Israel. Por indicação divina, tomou-se o agente de Deus no castigo contra Salomão, constituindo-se sua maior ameaça e um contínuo tormento.
Hadade era o nome de um antigo deus semita da tempestade entre os assírios e os babilônios. Esse nome foi adotado por dois reis, por exemplo, Ben-Hadade (1 Rs 15.18; 2Rs 13) e Hadadezer (2 Sm 10.16,19). Essa divindade também era chamada de Hadade-Rimom (Zc 12.11) segundo a identificação feita pelos assírios com Ramanu, seu deus do vento e da tempestade.
0 Comentários