ASA
Nas páginas do Antigo Testamento há dois homens com esse nome:
1. Um rei de Judá.
Generalidades. No hebraico significa cura, ou médico. Foi o terceiro rei de Judá, filho de Abias e neto de Reoboão. Começou a reinar dois anos antes da morte de Jeroboão, de Israel, e reinou durante 41 anos, cerca de 915-875 A.C. Visto que ainda era muito jovem quando subiu ao trono, es negócios do estado eram administrados por sua mãe ou avó, Maacá (ver I Reis 15:1,10), a qual aparece como neta de Absalão. Ela corrompeu a terra com a idolatria.
Conduta religiosa. Zelosamente, o jovem monarca desarraigou a idolatria, chegando ao extremo de depor Maacá, a rainha- mãe, por ter ela erigido um ídolo, ao qual Asa derrubou e queimou (ver I Reis 15:13). Não obstante, os santuários das colinas (ou dos lugares altos) puderam continuar (ver I Reis 15:11-13 e II Crô. 14:2-5). Asa renovou a adoração no templo, incluindo os ritos do altar, que aparentemente haviam sido execrados ou descontinuados (ver II Crô. 15:8).
Suas guerras. Asa utilizou todos os meios disponíveis para deixar o seu reino na melhor situação militar possível. Houve paz durante os primeiros dez anos de seu reinado, e ele foi aumentando a capacidade militar do país durante esse tempo. Finalmente, conseguiu reunir uma força militar de cerca de 580 mil homens (ver II Crô. 14:6-8). No décimo primeiro ano de seu governo, atacou e derrotou as numerosas hostes do rei cuxita Zerái, que havia penetrado, através da Arábia Petrea, no vale de Zefata com um poderoso exército. Ao retornarem os judeus triunfantes, carregados com os despojos tomados, o profeta Azarias saiu ao encontro deles e declarou que a vitória fora uma provisão divina.
Reformas. Encorajado por suas vitórias militares, além de todos os bens conseguidos nas mesmas, Asa aproveitou a oportunidade para eliminar os restos de idolatria que haviam sobrevivido a outros expurgos, levando o povo a renovar sua aliança com Yahweh (ver II Crô. 15:1-15). Portanto, Asa andou nos passos de seu antepassado, Davi (ver I Reis 15:11).
Problemas e declínio. No trigésimo sexto ano (alguns dizem vigésimo sexto) de seu reinado começaram as hostilidades contra Baasa, rei de Israel. Este fortificou Ramá, a fim de impedir que seus súditos passassem para o lado de Asa. Procurando confrontar essa ameaça com maior poder ainda, Asa resolveu estabelecer aliança com Ben-Hadade I, de Damasco, e conseguiu o seu apoio entregando-lhe os tesouros do templo e da casa do rei. Ben-Hadade cumpriu a sua parte no trato, invadindo e expulsando as tropas de Israel de Ramá. Asa utilizou os despojos para edificar Geba e Mispa com os mesmos. Porém, havia desperdiçado os tesouros de Judá, pelo que foi repreendido pelo profeta Hanani. Asa irritou-se diante da reprimenda, e lançou-o na prisão. Aparentemente, nessa controvérsia, outras pessoas puseram-se também ao lado do profeta, de tal modo que também foram maltratadas (ver I Reis 15:16-22 e II Crô. 16:1-10). Nos últimos três anos de sua vida, Asa foi afligido por uma grave enfermidade em seus pés (hidropisia); mas, endurecido pelos desapontamentos da vida, além de uma tola obstinação, ele não buscou a ajuda do Senhor, mas preferiu depender inteiramente dos médicos. A doença era fatal, e ele morreu, embora ainda grandemente estimado. Foi altamente honrado por ocasião de seu magnificente sepultamento (ver I Crô. 16:11-14). Seu filho, Josafá, substituiu-o no trono. Alguns estudiosos pensam que desde quatro anos antes, Josafá já era co-regente com seu pai. Asa e Josafá aparecem na genealogia de Jesus, em Mateus cap. 1.
Fonte:Russell Norman Champlin
0 Comentários