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Paulo, o colérico

O personagem bíblico que melhor ilustra o temperamento colérico é o apóstolo
Paulo. Ele é, também, o melhor exemplo desse temperamento quando transformado. Paulo é de fato excelente modelo da maneira como o Espírito Santo modifica uma pessoa de vontade férrea, após sua conversão. Poucas de suas atividades anteriores à conversão são reveladas nas Escrituras, e mais de 95% das experiências de que temos conhecimento ocorrem após ter ele recebido a plenitude do Espírito Santo. 

No entanto, esse homem caminha pelas páginas de Atos com os passos pesados do colérico. Um colérico transformado, sim, um colérico controlado pelo Espírito, sim, mas, a cada passo, sempre um colérico.Antes de entrar em um estudo detalhado da vida desse apóstolo, examinemos as características da pessoa com esse tipo de personalidade.O colérico é um ativista prático. Para quem tudo na vida é utilitário. É um líder natural, obstinado e muito otimista. Seu cérebro está sempre fervilhando de ideias, projetos ou objetivos, que geralmente são realizados. Como o sanguíneo, o colérico é extrovertido, mas não tão intensamente. Embora tenha uma vida altamente produtiva, traz em si algumas fraquezas naturais bastante sérias. 

É autossuficiente, impetuoso, genioso e tem uma tendência à aspereza e até mesmo à crueldade. Ninguém é tão mordaz e sarcástico quanto o colérico. Esse temperamento produz bons diretores de empresas, generais, construtores,soldados voluntários, políticos ou administradores, mas geralmente os torna incapazes de executar trabalhos minuciosos e precisos. Saulo de Tarso não possuía apenas o temperamento tipicamente colérico, mastambém uma aprimorada educação e muita religiosidade. 

Não deveria, portanto,nos surpreender o fato de, à primeira vez em que ele surge no cenário bíblico,estar participando do apedrejamento de Estêvão, primeiro mártir cristão de quetemos notícia.Depois do magnífico sermão proferido por Estêvão, o diácono cheio doEspírito Santo, os líderes religiosos hostis atacaram-no: “Ouvindo isso, ficaram furiosos e rangeram os dentes contra ele” (At 7:54).

Quando Estêvão revelou-lhes sua visão dos céus e do Senhor Jesus sentado àdestra do trono de Deus, a Bíblia nos diz que “eles taparam os ouvidos e, dando fortes gritos, lançaram-se todos juntos contra ele, arrastaram-no para fora dacidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram seus mantos aospés de um jovem chamado Saulo” (At 7:57-58). 

Alguns comentaristas sugeremque o fato de colocar as roupas aos pés de Saulo indicaria ser ele o líder do grupo.Outros estudiosos sugerem que ele era membro do Sinédrio, o conselho seleto desetenta anciãos de Israel. Era uma honra e um alto privilégio pertencer a esse
conselho e, especialmente para um jovem, era algo fora do comum. Essa ideia é
inferida de Atos 26:10, quando o apóstolo reconhece que em sua mocidade testemunhara contra os cristãos de Jerusalém perante os principais sacerdotes.

Saulo votara que os mesmos fossem “condenados à morte”. De qualquer forma,
Atos 8:1 demonstra que “Saulo estava ali, consentindo na morte de Estêvão”.


Fonte: Extraido do livro Temperamentos transformados

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