Postagens

6/recent/ticker-posts

O aborto deve ser permitido em caso de estupro ou incesto?

Quando surge a questão do aborto, estupro e incesto são usados muitas vezes como apelo emocional, a fim de desviar-se de uma séria ponderação da posição em favor da vida: “Como alguém pode negar a uma vítima o socorro médico e libertação do terror de um estupro ou incesto, forçando-a a manter uma gravidez resultante da violação cruel e criminosa de seu corpo?” A emoção do argumento quase sempre impede uma análise séria de seus méritos.

Primeiro, é importante observar que a incidência de gravidez como resultado de estupro é rara, com estudos estimando que aproximadamente 1% a 4,7% de estupros resultam em gravidez. Por isso, fazer campanha em favor do aborto, com base no estupro ou incesto, é como se empenhar em prol da retirada dos sinais de trânsito porque você poderia ter de ultrapassar algum deles para resgatar alguém que está prestes a se suicidar. Mesmo se tivéssemos uma legislação restringindo o aborto por todas as razões, exceto estupro e incesto, salvaríamos a grande maioria dos 1,8 milhões de fetos que morrem anualmente nos Estados Unidos por aborto. Além disso, não se remove a verdadeira dor do estupro ou incesto acrescentando-lhe o assassinato de um feto inocente. Dois erros não fazem um acerto.

O mesmo fator que faz o estupro ser mau também torna o aborto uma atitude má. Em ambos os casos, um ser humano inocente é brutalmente desumanizado.

Por fim, a verdadeira questão quanto ao aborto é ser ou não o assassinato de uma pessoa inocente. Se for, o aborto deve ser evitado a todo custo. Em uma época de esclarecimento científico, agora sabemos que o embrião ainda nos primeiros estágios preenche os requisitos necessários para a comprovação da existência de vida biológica (incluindo metabolismo, desenvolvimento, capacidade de reagir a estímulos e reprodução celular); que o zigoto é um ser humano vivo, como demonstrado por seu código genético distinto; e que a condição de ser humano não depende de tamanho, posição ou nível de dependência. Por isso, o aborto deve ser evitado mesmo em casos de estupro ou incesto.

“O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, abomináveis são para o Senhor, tanto um como o outro” (Provérbios 17.15).


Autor: Pr. Hank Hanegraaff
Fonte:http://www.cacp.org.br

Postar um comentário

0 Comentários