1. Degeneração moral. O pecado original contaminou toda a raça humana. Paulo, no primeiro capítulo da epístola aos Romanos, enfatiza o estado deplorável do homem sem Deus em todas as épocas (Rm 1.18-32; 3.23). Nos dias de Noé a situação era muito grave (Gn 6.11,12). Os homens viviam alienados de Deus, sem padrões éticos e morais, sem amor, presunçosos, violentos... Sua maldade e degeneração eram tais que o Senhor decidiu destruir toda a humanidade (Gn 6.7,13).
2. Homens voltados para Deus. Desde o princípio da raça humana homens e mulheres têm reconhecido seu estado de pecado e sua incapacidade de libertar-se sem a ajuda divina (Gn 4.26). Eles recorrem ao Todo-Poderoso em busca de misericórdia, com esperança de serem perdoados e restaurados. Há na Bíblia vários exemplos de pessoas que mantiveram uma vida santa diante de Deus e da sociedade ímpia na qual viveram: Abraão (Gn 12.1,4); Jó (Jó 1.1); Eliseu (2 Rs 4.9); Daniel (Dn 1.8); a igreja de Filadélfia (Ap 3.8,10); e o próprio Noé.
II. ASPECTOS DO CARÁTER DE NOÉ
1. Noé, um homem íntegro (v.9). A despeito da tamanha maldade que assolava o mundo naqueles dias (Gn 6.12), Noé decidira permanecer fiel ao seu Criador. Mesmo não sabendo como agradá-Lo, por não ter a quem imitar, o patriarca afastou-se da corrupção, permanecendo íntegro moral e espiritualmente (Gn 6.9). Por sua retidão, afirma a Bíblia, achou graça diante do Altíssimo (Gn 8.21). Assim como Jó (Jó 1.1), Noé foi diferente de todos os homens de seu tempo.
Nestes dias de tantas mazelas e iniquidades, urge vivermos em santidade para que sejamos irrepreensíveis (Fp 2.1 5). A experiência de Noé nos ensina que o modelo bíblico para a vida cristã não depende de critérios humanos. O crente deve ter uma vida exemplar (1 Tm 4.12; Tt 2.7), baseada na excelência do caráter de nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 13.15).
2. Noé, um servo que andava com Deus (v.9). Noé confiava integralmente em Deus e vivia em plena comunhão com Ele. Por andar com o Senhor, fora agraciado com a revelação do plano divino (Gn 6.14-17). Deus fez com que Noé e sua família entrassem na arca, salvando-os do grande dilúvio (Gn 7.23). Ao baixar as águas, o Senhor confiou ao patriarca toda a obra de suas mãos (Gn 9.3), e estabeleceu com ele uma nova aliança (Gn 9.9). Os pactos estabelecidos entre Deus e o homem são resultados da aproximação e do compromisso do homem com Deus.
3. Noé, um servo obediente. A Bíblia afirma a obediência de Noé a Deus em diversas partes do livro de Gênesis (6.22; 7.5-7,9,13,16). Uma das características mais marcantes do líder é sua capacidade de ser liderado. Quem não sabe obedecer nunca será exemplo para os que estão sob sua liderança.
Os filhos de Noé o respeitavam porque tinham nele o modelo da obediência. Apesar de não ter um padrão escrito a observar, Noé creu piamente no Senhor, tornando-se um herói da fé (Hb 11.7). Jesus deixou claro que andar com Ele implica obedecê-Lo incondicionalmente. Somente os que lhe obedecem são realmente seus amigos (Jo 15.14). A estes é dado o privilégio de conhecer os desígnios de Deus (Jo 15.15).
4. Noé, um homem dependente de Deus. Até que ouvisse a voz do Eterno, Noé não ousou sair da arca (Gn 8.13-19). Isto demonstra total dependência de Deus. O Senhor fechara a porta da arca por fora, portanto, só Ele deveria abri-la (Gn 7.16). A sujeição a Deus deve fazer parte do caráter de todo o homem que deseja agradá-Lo (Fp 2.5-8; Mt 26.39,42).
5. Noé, um servo grato. Ao sair da arca, Noé edificou um altar ao Senhor e ofereceu-lhe um sacrifício pelo livramento que recebera (Gn 8.20). Os homens de Deus, em todas as épocas, são convocados a louvá-Lo e agradecer-Lhe por tudo, sempre (Ef 5.20; 1 Ts 5.18).
Fonte: Extraído da lição 06 terceiro trimestre 2007 cpad
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