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Como é que os sábios e encantado­res de faraó foram capazes de realizar os mesmos feitos poderosos que Deus mandou que Moisés fi­zesse? Esse fato dá crédito ao ocultismo? Êxodo 7.11

A MÁ INTERPRETAÇÃO: Três passagens no livro de Êxodo (7.11,22; 8.7) parecem dizer que os sábios, os encantadores e os magos de faraó fizeram, através de suas "artes secretas" ou "encantamentos", algumas das mes­mas obras que Deus mandou Moisés e Arão fazerem. Contudo, Moisés e Arão reivindicaram haverem sido enviados por Deus. Como é que esses homens foram capazes de fazer as mesmas maravilhas que Moisés e Arão fizeram pelo poder de Deus? Esse fato indica que os ocultistas têm poderes sobrenaturais? 

CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: A Bí­blia indica que uma das táticas de Satanás em seu esforço para enganar a humanidade é empregar falsos milagres(leia 2 Ts 2.9 e comentários sobre Ap 16.14). Êxodo 7.11 afirma: "E Faraó também chamou os sábios e encantadores; e os magos do Egito fizeram também o mes­mo com os seus encantamentos". Cada um dos outros versículos faz uma alegação similar. A passagem afirma que os feitos dos magos de faraó foram alcançados por "seus encantamentos [de magia]". 

Alguns comentaristas chegam a afirmar que os feitos dos mágicos foram meros truques. Talvez os magos te­nham lançado encantamentos sobre serpentes de modo que ficaram rijas, parecendo terem se tornado cajados. 

Quando lançadas ao solo, saíram de seu transe, vol­tando a moverem-se como serpentes. Alguns dizem ter sido obra de Satanás o que teria transformado os cajados dos mágicos em serpentes. Contudo, isso não é plausível, tendo em vista o fato de que somente Deus é capaz de criar vida, como os próprios magos reconheceram mais tarde (Êx 8.18,19). 

Seja qual for a explicação que alguém assuma refe­rente à maneira como esses feitos foram realizados, exis­te um ponto comum a todas as possíveis explicações en­contrado no próprio texto. Seja qual for o poder pelo qual alcançaram esses feitos, está claro que não foram realizados através do poder de Deus. Pelo contrário, fo­ram alcançados pelos "seus encantamentos". 

A finalidade desses atos foi convencer faraó de que os seus mágicos possuíam tanto poder quanto Moisés e Arão, e não era necessário que faraó se rendesse à sua exigên­cia de deixar ir Israel. Funcionou, ao menos durante os três primeiros encontros (a vara de Arão, a praga de san­gue, e a praga das rãs). Contudo, quando Moisés e Arão, pelo poder de Deus, trouxeram piolhos da areia, os mágicos não foram capazes de imitar esse milagre. Apenas foram capazes de exclamar: "Isto é o dedo de Deus" (Êx 8.19). 

Existem vários pontos pelos quais é possível discernir as diferenças entre um sinal satânico e um milagre divi­no.


Milagre divino                    Sinal satânico
Sobrenatural                         Acima do normal
Ligado à verdade                   Ligado ao erro
Associado ao bem                 Associado ao mal
Nunca associado ao oculto    Freqüentemente associado ao oculto 
Sempre bem-sucedido           Nem sempre bem-sucedido


Tais diferenças podem ser vistas nessas passagens no livro de Êxodo. Embora os magos fossem capazes de transformar as suas varas em serpentes, estas foram engolidas pela vara de Arão, indicando superioridade. Embora os magos fossem capazes de transformar água em sangue, não eram capazes de reverter esse processo. Embora pudessem trazer rãs, não podiam livrar-se de­las. Os seus atos eram acima do normal, porém não eram sobrenaturais.


Embora os magos fossem capazes de copiar alguns dos milagres de Moisés e Arão, a sua mensagem era liga­da ao erro. Eles basicamente tentaram copiar os milagres dos homens escolhidos por Deus com a finalidade de convencer faraó de que o Deus dos hebreus não era mais poderoso do que o deus dos egípcios. Embora os magos de faraó tenham sido capazes de simular os três primei­ros milagres feitos por Deus através de Moisés e Arão, chegou-se a um ponto em que os seus encantamentos não mais foram capazes de imitar o poder de Deus.


Resposta as Seitas - 
Norman G. Geisler e Ron Rhodes - 
CPAD - Casa Publicadora das Assembleias de Deus

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