PROBLEMA: O estilo de redação de 1 Pedro é diferente do de 2 Pedro. Também o tom usado na primeira epístola é diferente do que é empregado na segunda. Como os evangélicos podem assegurar que foi Pedro quem escreveu essa epístola?
SOLUÇÃO: Primeiro, na carta anterior Pedro teve Silvano como secretário (1 Pe 5:12), mas na segunda epístola parece ter sido o próprio Pedro quem escreveu. Isso pode explicar a diferença de uniformidade e de estilo entre as duas cartas.
Segundo, diferenças de estilo e de tom seriam de se esperar em duas cartas escritas com dois diferentes propósitos, em duas épocas distintas. A carta de 1 Pedro foi escrita para encorajar os crentes em sofrimento, ao passo que 2 Pedro contém advertências quanto a falsos mestres. Assim, parte da diferença de estilo e de tom pode ser devida à diferença de circunstâncias. Afinal, ninguém escreveria à sua namorada do mesmo jeito que escreveria uma carta a um deputado federal.
Terceiro, há uma boa evidência interna de que a carta seja de Pedro. O versículo 1 afirma ser ela escrita pelo apóstolo Pedro, que rememora a ; palavras de Jesus concernentes à sua morte, como registradas em João 21:18-19 (cf. 2 Pe 1:14). O autor dessa carta foi uma testemunha ocular do que aconteceu no Monte da Transfiguração, que é registrado e n Mateus 17:1-8 (cf. 1.16-18). Pedro até mesmo refere-se a esta como sendo sua “segunda carta” (3:1), o que pressupõe uma primeira. Ele está consciente dos escritos do apóstolo Paulo e o chama de “o nosso amado irmão Paulo” (3.15-16).
Quarto, não há apenas algumas diferenças entre as epístolas, há também algumas semelhanças. Ambas põem ênfase em Cristo: 1 Pedro i o seu sofrimento e 2 Pedro na sua glória. Em ambas as cartas Pedro 1 refere-se a Noé e o dilúvio (1 Pe 3:20; 2 Pe 2:5; 3:5-6).
Quinto, há uma boa evidência externa de que essa carta tenha sido escrita no primeiro século por alguém como Pedro, que viveu na época dos eventos. O conhecido arqueólogo William F. Albright datou 2 Pedro de um tempo anterior ao ano 80 a.D. A descoberta do papiro de Bodmer (P72, ca. 250 a.D.) revela que ela era muito respeitada no Egito num tempo bem primitivo. O livro foi citado como autêntico por numerosos pais da igreja, inclusive por Orígenes, Eusébio, Jerônimo e Agostinho.
Finalmente, se não fosse escrita por Pedro, então seria uma mentira bíblica, porque a carta diz ser escrita por ele. Se não fosse ele o seu autor, ela estaria nos enganando e não poderia ser confiável no que se propõe a nós dizer (i.e., o seu testemunho de ter sido escrita por uma pessoa presente na Transfiguração).
Tendo-se em vista, portanto, todos os fatores acima, é forte a evidência de que o apóstolo Pedro foi o autor dessa epístola, e não outra pessoa. Assim, não temos razão alguma para desconfiarmos do que ela contém.
Fonte: MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia
SOLUÇÃO: Primeiro, na carta anterior Pedro teve Silvano como secretário (1 Pe 5:12), mas na segunda epístola parece ter sido o próprio Pedro quem escreveu. Isso pode explicar a diferença de uniformidade e de estilo entre as duas cartas.
Segundo, diferenças de estilo e de tom seriam de se esperar em duas cartas escritas com dois diferentes propósitos, em duas épocas distintas. A carta de 1 Pedro foi escrita para encorajar os crentes em sofrimento, ao passo que 2 Pedro contém advertências quanto a falsos mestres. Assim, parte da diferença de estilo e de tom pode ser devida à diferença de circunstâncias. Afinal, ninguém escreveria à sua namorada do mesmo jeito que escreveria uma carta a um deputado federal.
Terceiro, há uma boa evidência interna de que a carta seja de Pedro. O versículo 1 afirma ser ela escrita pelo apóstolo Pedro, que rememora a ; palavras de Jesus concernentes à sua morte, como registradas em João 21:18-19 (cf. 2 Pe 1:14). O autor dessa carta foi uma testemunha ocular do que aconteceu no Monte da Transfiguração, que é registrado e n Mateus 17:1-8 (cf. 1.16-18). Pedro até mesmo refere-se a esta como sendo sua “segunda carta” (3:1), o que pressupõe uma primeira. Ele está consciente dos escritos do apóstolo Paulo e o chama de “o nosso amado irmão Paulo” (3.15-16).
Quarto, não há apenas algumas diferenças entre as epístolas, há também algumas semelhanças. Ambas põem ênfase em Cristo: 1 Pedro i o seu sofrimento e 2 Pedro na sua glória. Em ambas as cartas Pedro 1 refere-se a Noé e o dilúvio (1 Pe 3:20; 2 Pe 2:5; 3:5-6).
Quinto, há uma boa evidência externa de que essa carta tenha sido escrita no primeiro século por alguém como Pedro, que viveu na época dos eventos. O conhecido arqueólogo William F. Albright datou 2 Pedro de um tempo anterior ao ano 80 a.D. A descoberta do papiro de Bodmer (P72, ca. 250 a.D.) revela que ela era muito respeitada no Egito num tempo bem primitivo. O livro foi citado como autêntico por numerosos pais da igreja, inclusive por Orígenes, Eusébio, Jerônimo e Agostinho.
Finalmente, se não fosse escrita por Pedro, então seria uma mentira bíblica, porque a carta diz ser escrita por ele. Se não fosse ele o seu autor, ela estaria nos enganando e não poderia ser confiável no que se propõe a nós dizer (i.e., o seu testemunho de ter sido escrita por uma pessoa presente na Transfiguração).
Tendo-se em vista, portanto, todos os fatores acima, é forte a evidência de que o apóstolo Pedro foi o autor dessa epístola, e não outra pessoa. Assim, não temos razão alguma para desconfiarmos do que ela contém.
Fonte: MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia
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