Postagens

6/recent/ticker-posts

O que é a grande tribulação?

1. O sentido da palavra “tribulação” na Bíblia. Na língua grega do Novo Testamento, tribulação aparece como thilipsis que significa “colocar uma carga sobre o espírito das pessoas”. Na tradução Vulgata Latina, a palavra é tribulum e se refere a uma espécie de grade para debulhar o trigo. Ou seja: instrumento que o lavrador usa para separar o trigo da sua palha. A idéia figurada, aqui, é a de afligir, pressionar.
Analisada à luz do contexto bíblico, a palavra pode referir-se tão-somente a um tipo de pressão, aflição ou angústia que se passa na vida cotidiana. Outras vezes, tem o sentido escatológico.

2. O sentido da expressão Grande Tribulação. A expressão é essencialmente escatológica. No Antigo Testamento é identificada por outros nomes tais como “o dia do Senhor” (Sf 1.14-18; Zc 14.1-4); “a angústia de Jacó” (Jr 30.7); “a grande angústia” (Dn 12.1); “o dia da vingança” (Is 63.1-4); “o dia da ira de nosso Deus”. No Novo Testamento, a expressão ganha maior sentido com o próprio Senhor Jesus ao identificar aquele tempo como período de “grande aflição” (Mt 24.21), depois em Ap 7.14, como Grande Tribulação.

3. Estará a Igreja na Grande Tribulação? Existem duas linhas de entendimento acerca desse assunto: uma acredita que a Igreja não estará no primeiro período da Grande Tribulação; outra afirma que a Igreja sofrerá no primeiro período da Grande Tribulação. Os partidários do arrebatamento da Igreja depois da Grande Tribulação insistem que os rigores da tribulação são exclusivamente para Israel. Porém, entendemos que o arrebatamento dos santos em Cristo se dará, nem na metade nem depois da tribulação, mas exatamente antes dela, para livrar a Igreja desse inigualável tempo de sofrimento (1Ts 1.10; 3.10).
Podemos perceber que os juízos catastróficos de Deus sobre Israel e o mundo naqueles dias só terão início depois que a Igreja for retirada da Terra. Até o capítulo 5 de Apocalipse se fala da Igreja, mas no capítulo 6, quando se iniciam os juízos, a Igreja não mais aparece, senão no capítulo 19.

Os partidários da idéia de que a Igreja estará na primeira metade da Grande Tribulação confundem essa metade, que será de uma falsa paz negociada entre Israel e o Anticristo (Dn 9.27). Não cremos que a Igreja necessite da paz do Anticristo bem como não podemos interpretar o cavaleiro do cavalo branco de Ap 6.2 como sendo Cristo, uma vez que na seqüência do texto os outros cavalos e seus cavaleiros são demonstrações dos juízos divinos (Ap 6.2-8).

II. PROPÓSITOS DA GRANDE TRIBULAÇÃO

Dois principais propósitos se destacam: o primeiro é levar Israel a receber o seu Messias; e o segundo é trazer juízo sobre todo o mundo, especialmente, sobre as nações incrédulas.

1. Levar Israel a receber o Messias. O profeta Jeremias profetizou que esse tempo seria identificado como “o tempo da angústia de Jacó” (Jr 30.7). Revela que será um tempo especialmente para os filhos de Jacó, isto é, Israel. Todos os eventos desse período são indicados na Bíblia, como “o povo de Daniel”, “a fuga no sábado”, “o templo e o lugar santo”, “o santuário”, “o sacrifício”, e outras mais. São expressões típicas da experiência política e religiosa de Israel. Portanto, antes de qualquer outra coisa, esse período é especialmente para o povo judeu.
Outrossim, o propósito de Deus para com Israel na tribulação é o de trazer conversão a esse povo, porque parte dele se converterá e entrará com o Messias no reino milenial (Ml 4.5,6).
Quando o Messias surgir, não só os judeus povoarão a Terra, mas uma multidão de gentios se converterá pela pregação do remanescente judeu (Mt 25.31-46; Ap 7.9), e entrará no reino milenial de Cristo.

2. Trazer juízo sobre o mundo. Ap 3.10 revela esse propósito quando fala a igreja de Filadélfia: “também eu te guardarei da hora da angústia que há de vir sobre o mundo inteiro”. A mensagem é para a Igreja e dá a garantia de que será guardada daquele tempo. Mais uma vez compreende-se que a Igreja não passará pela Grande Tribulação. Entendemos que esse período alcançará a todas as nações da Terra (Jr 25.32,33; Is 26.21; 2Ts 2.11,12), e Deus estará julgando-as por sua impiedade. Diz a Bíblia que as nações da Terra terão sido enganadas pelo ensino da grande meretriz religiosa, chamada Babilônia (Ap 14.8), e seguido ao Falso Profeta na adoração a Besta (Ap 13.11-18). Esses juízos virão para purificar a Terra e, quando o Messias assumir o comando mundial de governo, haverá paz e justiça.

III. O TEMPO DA GRANDE TRIBULAÇÃO

Não há texto bíblico mais explícito quanto ao tempo da Grande Tribulação do que a profecia de Daniel 9.24-27 acerca das setenta semanas determinadas por Deus para a manifestação dos juízos de Deus sobre Israel e sobre o mundo.
1. O que são as setenta semanas. A identificação começa com Dn 9.24: “Setenta semanas estão determinadas”. A palavra semana interpreta-se como semana de dias. O número sete indica a quantidade de dias da referida semana. Porém, a palavra dia interpreta-se como ano. Cada dia equivale a um ano e, sete dias multiplicados por setenta (70 x 7) dá o total de 490 anos.

2. Os três períodos das 70 semanas. O primeiro período de sete semanas, equivalente a 49 anos, teve o seu início no reinado de Artaxerxes através de Neemias, copeiro-mor (Ne 2.1,5,8), quando pediu ao rei para voltar à sua terra e reedificar a cidade e os seus muros. Ocorreu em 445 a.C. quando foi dada a ordem “para restaurar e reedificar Jerusalém” (Dn 9.25).

O segundo período de 62 semanas, equivalente a 434 anos, refere-se ao tempo do fim do Antigo Testamento até a chegada do Ungido, o Messias. Nesse período, o Ungido seria rejeitado e ultrajado pelo seu povo, e morto (Dn 9.26). Cumpriu-se esse segundo período até o ano 32 d.C, quando Cristo, o Ungido, foi rejeitado e morto pelos judeus. Até então, 69 semanas (ou 483 anos) se cumpriram.
O terceiro período abrange “uma semana” (7 anos) conforme está no texto de Dn 9.27. Misteriosamente, acontece um intervalo profético na seqüência natural das 70 semanas identificado como os tempos dos gentios (o nosso tempo), no qual se destaca, especialmente, a Igreja constituída de um povo remido por Jesus e que está em evidência até o seu arrebatamento para o céu. Terá início, em seguida, a última semana, a 70ª.

Num breve espaço, “metade da semana” (três anos e meio), esse líder alcançará o apogeu do seu domínio mundial e então haverá uma falsa paz. Nesse momento se dará o rompimento da aliança com Israel. O príncipe, embriagado pelo poder político, entrará em Israel e então se iniciará “a grande angústia de Israel” (2Ts 2.4; Ap 13.8-15), a Grande Tribulação. 

Fonte: Extraido da lição 10 do terceiro trimestre 1998 CPAD

Postar um comentário

2 Comentários

  1. Desculpe-nos os amigos pré-tribulacionistas, mas nem fazendo força, dá pra acreditar que a Igreja será arrebatada antes da Gr. tribulação.

    CONFIRA A MÁGICA PRÉ-TRIBULACIONISTA:
    1-Somente a mágica pré-tribulacionista, consegue separar uma única vinda de Jesus em duas fases (?); enquanto que as Escrituras, sempre anunciaram apenas UMA ÚNICA VINDA DO CÉU À TERRA – ...VIREI OUTRA VEZ...(Jo. 14:2 – Mt. 24:29-30 – Mc.13:24 a 26 – Lc. 21:27 –; 6:12 a 17. Etc...).

    2-Somente a mágica pré, consegue apresentar uma única vinda do Senhor, de dois modos diferentes: Uma invisível a outra visível (?). Enquanto que as Escrituras, mostram a próxima vinda do Senhor, num único modo: Visível e sonoro, global com poder e grande Glória (Mt. 24:29-30 - Mc. 13:24 a 26 – Lc. 21:27 – Ap. 1:7; 6:12 a 17. Etc...).

    3-Somente a mágica pré consegue apresentar a vinda do Senhor, com diferença de tempo de sete anos entre uma e outra (?). Enquanto as Escrituras apresentam a única vinda do Senhor, após a última semana de Daniel (3.5 anos da apostasia + 3.5 do filho da perdição) II Tes. 2:1 a 5.

    4-Somente a mágica pré consegue apresentar uma ressurreição e um arrebatamento “ANTES DO ÚLTIMO DIA”; enquanto Jesus ensinou que estaria com a Igreja, “...TODOS OS DIAS, ATÉ A CONSUMAÇÃO DOS SÉCULOS”. Mat. 28:20b. Conferindo também, com a única ressurreição e único arrebatamento da Igreja no último dia,
    “ante (nos dias) da sétima trombeta” (1 Cor. 15:51-51).
    “E a vontade do pai que me enviou é esta: que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, MAS QUE RESSUSCITE NO ÚLTIMO DIA”. Jo. 6:39 - 40;44 e 54.

    5-Somente a mágica pré consegue separar um mesmo povo de uma mesma fé, em três povos diferentes: Igreja, os mártires da Gr. tribulação e Israel; contrariando as palavras de Jesus, que disse: “...Haverá UM SÓ REBANHO e um só Pastor”. Jo. 10:16 – Efe. 2:14-15.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. 6-Somente a mágica pré consegue crer numa ressurreição e num arrebatamento feito “EM MEIA SOLA”, para essa parte da Igreja de formação gentílica, sem a conversão da outra parte Dela, os remanescentes israelitas, que nos últimos dias, serão novamente
      enxertados “PELA MESMA FÉ”, na mesma Oliveira, (Rom. 11:23 e 26).
      “Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito (parte da Igreja - gentios), para que eles (outra parte dos que comporão a Igreja – os israelitas), sem nós NÃO FOSSEM APERFEIÇOADOS”. Heb. 11:40.

      7)-Somente a mágica pré-tribulacionista, consegue acrescentar os vários versos bíblicos:
      -Apoc. -3:10 - “TE GUARDAREI DA HORA...” para: “TE ARREBATAREI ANTES DA HORA...”(?).
      -ITes.1:10 - “...QUE NOS LIVRA DA IRA FUTURA.” ...” Para: “QUE NOS LIVRA ANTES DA IRA FUTURA”(?).
      -ITes.5:9 - “...DEUS NÃO NOS DESTINOU PARA A IRA...” Para: “A IGREJA
      SAIRÁ DO MUNDO ANTES DA IRA”(?).
      -IITes. 2:7 - “...ATÉ QUE (DO MEIO) SEJA TIRADO”. Para: “O Espírito Santo SAIRÁ (DO MUNDO) antes da Gr. tribulação no arrebatamento da Igreja(?).

      7-Somente a mágica pré-tribulacionistas, consegue transformar a expressão “SANTOS” dos versos “indefinidos” de (Zac. 14:5 e Jd. 14), em “SANTOS – IGREJA”, que virão do céu com Jesus, na sua fantasiosa segunda fase da vinda (???). Enquanto que, o contexto dos demais versos referentes a vinda, chamam estes santos “definidamente” de SANTOS – ANJOS (Mat.25:31 - Mc. 8:38 – Luc. 9:26 - 2Tes. 1:7).

      Conforme vimos meus amigos... A doutrina pré-tribulacionista, é mesmo uma grande ABERRAÇÃO!!! Quem crer nela, não está longe de crer também em Harry Potter, Papai Noel, mula sem cabeça, Saci Perere, etc...

      Pare e medite:
      Entre um cristão pós, e um cristão pré-tribulacionista, quem vai ser
      surpreendido e escandalizado (Mat. 24:10) com a chegada da “noite” – Gr. tribulação?
      O cristão Pós-tribulacionista, que creu antes, numa interpretação real, dum arrebatamento tardo (Mat.25:5), num tempo de grandes aflições?
      Ou o cristão pré, que creu na interpretação forçada, dum arrebatamento fantasioso antes da Gr. tribulação?
      “E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam”. Mat. 25:8.

      Portanto, meus irmãos, acautelai-vos das fábulas criadas pelas teologias que não tem compromisso nenhum com a Palavra de Deus.
      “Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos
      ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias
      concupiscências;
      E DESVIARÃO OS OUVIDOS DA VERDADE, VOLTANDO ÀS FÁBULAS”. II Tim. 4:3-4.

      Peçam gratuitamente o gráfico escatológico, contendo a ordem e a cronologia dos períodos da Gr. tribulação, vinda de Jesus e arrebatamento da Igreja (menos o dia e hora e o momento da vinda) pelo nosso E-mail: Jaime.ap@hotmail.com

      Jaime e Júlio – Curitiba Pr.

      Excluir